Comilança, bebidas, pessoas para todo lado vestidas das mais diversas formas e cores. Famílias, amigos, gente de todas as idades, fogos de artifício e tudo o que pode ter para compor uma das maiores e mais alegres festas do planeta. A festa da virada!
Na passagem do dia 31 de dezembro para 1º de janeiro à meia noite, comemora-se com brinde de espumante mais um ano em nosso calendário terrestre. Beijam, abraçam, pulam sete ondas, comem sete uvas guardando as sementes na carteira, blá, blá, blá, mais e mais simpatias para ter marido, saúde, dinheiro, sucesso, etc, etc.
Desejamos o melhor para quem está conosco e emanamos boas energias para quem está distante, depois de ficarmos muitos e muitos minutos falando ao celular, esgotando toda e qualquer forma de contato que acaba congestionando a plataforma das telecomunicações. Ao mesmo tempo em que tudo isso acontece, lá no fundinho e, às vezes nem tão fundinho assim, estabelecemos metas para os nossos 365 dias vindouros. Eu quero fazer isso, aquilo, aquele outro, etc. Trezentos e sessenta e cinco dias é modo de dizer, porque eles acabam virando na verdade 306 dias úteis mais ou menos, já que para a grande maioria de nós brasileiros, o ano começa mesmo em março.
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Assim, como os dias vão diminuindo, as nossas metas acabam diminuindo também pelo significado que damos a elas, quando elas não se estinguem no meio do caminho, devido à dificuldade de lidar com prioridades e organização. O que era figura e foco, na passagem de 31 para 1º vai virando aos poucos e sutilmente fundo. Um fundo que quase não visualizamos mais. Uma idéia procrastinável no dia-a-dia, que vai perdendo o foco até sumir totalmente.
Que saco, já é julho e o que você estabeleceu como meta nem sequer saiu da cabeça. Aliás, esse é o problema. Pensar não faz a coisa se materializar, acontecer, virar realidade.
Pensar é um sopro apenas. Requer muito, mais muito mais para se tornar algo concreto, exequível.
A idéia precisa ter um corpo e métodos para virar realidade para transformá-la em algo além de um desejo.
A idéia que muitas pessoas têm de parar de fumar, por exemplo, é maravilhosa, fenomenal, grandiosa. Mas como você pretende fazer para colocar em prática? Sim, em prática. Temos que ter planos práticos, pois quem disse que será fácil esse projeto? Primeiro, estamos lidando com um vício. A pessoa seguramente vai sentir muita vontade de voltar a ele durante o trajeto. Então, temos que ter estratégias. Segundo, a pessoa tem que corrigir a saúde como um todo. Se você fuma, seguramente deve estar fazendo outras coisas igualmente nocivas para a sua saúde e tem que identificá-las, pois uma coisa puxa a outra. Tem que mudar hábitos, maneira de se comportar. Terceiro, a pessoa tem que perseverar, por mais que seja difícil. Tem que manter-se fiel a si mesma. E te digo, nessa fase é bem comum jogar essa meta para o próximo ano.
O mesmo acontece com outras metas e objetivos. É um desafio pensado numa data especial, com muita vontade e que vai perdendo força no passar dos dias. Assim grande parte da humanidade vive de ilusões.
Pensa que pensar já é suficiente para o todo e esquece que o pensar é apenas o começo para esse todo e que o difícil ainda está por vir, e descobre lá em dezembro de modo frustrante que pensamento é só pensamento.
Para cumprir a termo uma meta, um objetivo você tem que:
- Pensar no que quer
- Transformar na sua prioridade
- Organizar
- Planejar
- Executar
- Perseverar
E FELIZ ANO NOVO!